Meio ambiente.

sábado, 6 de novembro de 2010

Humanos, animais, árvores. Neles, há uma coisa em comum. A vida. Sendo que a vida dos seres humanos é dependente da vida dos animais e árvores. Essa dependência é por dois motivos básicos. Um, fazem parte do ciclo natural da vida, onde as árvores são o ar que respiramos e os animais parte do ecossistema e também são alimento. Dois, são fontes de dinheiro.
Essa fonte de dinheiro nada mais é que tirar da terra aquilo que pode ser transformado em algo útil, ou não, para se tirar lucro disso. Ocorre em todo o mundo, devastações, queimadas e derrubadas de áreas preservadas, florestas riquíssimas. Estão tirando da terra o abrigo dos animais, os próprios animais, o ar e principalmente o início do ciclo de poluição do planeta. As matérias primas retiradas da terra, são levadas à indústrias onde há emissões de gás carbônico, somando-se ao que já foi emitido junto às queimadas, lá na floresta. Quando chega o produto em nossas mãos, por puro consumismo, muitas vezes momentâneo, usamos e jogamos fora e em um curto prazo de tempo o que era novidade tornou-se lixo. Lixo esse que logo virará comida ou arma no fundo do mar. Há muitos animais marinhos que morrem por digerirem ou simplesmente se enroscarem em plásticos, objetos metálicos ou qualquer tipo de lixo que foi jogado no mar. São focas, peixes e até mesmo pássaros que tiram alimento do mar, morrem por não conseguirem digerir o lixo que comem. Lixo este que seria o equivalente a três pratos de comida, se fossem humanos.
Direta e indiretamente as ações do homem são fatais para sua extinção. O que há muito tempo era utópico, como o fim da água, por exemplo, hoje é uma realidade alarmante. Existe sim condições de reverter este quadro, mas será que os seres humanos são racionais ao ponto de perceberem que estão vendendo suas vidas?
Bem, como diz o ditado, só se dá valor a algo quando o perde. O homem só dará valor a terra que pisa, quando perceber que dinheiro não se come.

Bullying

Atualmente, o assunto mais falado e discutido na sociedade é o bullying. Apesar de ser um dos problemas sociais mais antigos, hoje em dia é dada mais atenção ao caso. Pelo menos metade da população do Brasil sofre ou já sofreu bullying. Costuma começar no período da adolescência, na escola, mas muitas vezes o problema está dentro de casa, na rua, ou até mesmo na internet, mais conhecido como cyber bullying. O problema é tão grave que alguns adolescentes entram em depressão e alguns chegam ao suicídio. Os agressores usam violência física ou psicológica para difamar, coagir ou oprimir a vítima usando suas características ou defeitos. Os agressores tem perfil de pessoas preconceituosas e personalidade autoritária, mas acredita-se que alguns usam o bullying porque também sofrem algum tipo de rejeição ou já foi vítima dessa prática.
Esse problema poderá nunca ter fim, mas pode ser combatida. Educação é o único remédio. Educando, incentivando o respeito e a paz entre as pessoas desde o início, na escola.

A sombra.

domingo, 8 de agosto de 2010

Todas as noites antes de dormir, mesmo sem sono, encolhia-me na cama a espera de alguma coisa. Eu sabia o que era, só eu. Não havia mais medo, pelo contrário. Agora, eu gostava de sua presença. Eu gostava de saber que algo me visitara todas as noites, como um beijo de "durma bem". Apesar dela nunca ter chegado perto nem eu nunca ter ido atrás, eu sabia que era algo bom. Talvez, em meio a tanta solidão que sentia todos os dias, a certeza que eu tinha era que de noite, eu teria a minha companhia. Breve, bem breve. Mas me trazia sempre uma paz inenarrável. Ela sempre aparecia, entre a porta do quarto e o guarda-roupas, entre as frestas da cortina. Não conseguia distinguir o tamanho do cabelo, que tipo de roupa usava, nem sexo, nem o sentimento que eu tivera por ela, até aquele instante.
Dormi.
Certa noite, deite-me à espera da minha paz, do meu beijo de durma bem... Esperei.
Vejo a sombra, da mesma forma como todas as noites, em todos esses anos de solidão. Intacta, imóvel. Por um instante, a vejo diminuir como se chegasse mais perto. Fechei e abri os olhos, esfregando-os. Só podia ser miragem. Quantas noites sonhei e pedi para que chegasses perto, para sequer eu soubesse o que era aquilo...
Sim, estava chegando cada vez mais perto, até que se perdeu a escuridão.
Um silêncio, uma aflição. Alguém estava ao lado da minha cama, eu podia sentir.
Acendi a luz.